Revista Ciencias de la Actividad Física UCM, 24(2), julio - diciembre, 2023. ISSN: 0719-4013


Satisfação no trabalho de profesores de Educação
 Física no inicio da carreira docente


Satisfacción laboral del profesor de Educación Física al inicio de la carrera
Docente

Satiscaction in the work of the Physical Education teachers at the
beginning of the teaching carrer



Naline Cristina Favatto1 & Jorge Both2


Favatto, N. C., & Both, J. (2023). Satisfacción laboral del profesor de Educación Física al inicio de la carrera docente. Revista Ciencias de la Actividad Física UCM, 24(2), julio-diciembre, 1-18. https://doi.org/10.29035/rcaf.24.2.2



RESUMO

O início da carreira docente é compreendido como um período intenso e desafiador para o professor. Nesse sentido, a pesquisa tem como objetivo analisar a satisfação no trabalho dos professores de Educação Física no início da carreira docente. O estudo descritivo de abordagem qualitativa contou com a participação de 16 professores efetivos que estavam entre o 1º e 4º ano de docência nas escolas municipais e estaduais da cidade de Maringá (Paraná). Para coleta de dados foi empregada uma entrevista semiestruturada e as informações foram analisadas conforme a técnica da análise de conteúdo. Evidenciou-se que todos os grupos de professores se encontram insatisfeitos com as dimensões: venda da força de trabalho, condições de trabalho, progressão na carreira e relevância social no trabalho. A Integração Social no ambiente de trabalho foi a única dimensão a se destacar como satisfatória para todos os grupos investigados. Os professores com três e quatro anos de docência demonstraram maior satisfação no trabalho quando comparados aos demais. Os professores com um e dois anos de docência demonstraram maior insatisfação no trabalho, os quais apresentaram postura mais crítica.

Palavras chave: Satisfação no Trabalho, Professor, Educação Física, Carreira Docente.

 
RESUMEN

El inicio de la carrera docente se entiende como un periodo intenso y desafiante para el docente. En este sentido, la investigación tiene como objetivo analizar la satisfacción laboral de los profesores de Educación Física al inicio de su carrera docente. El estudio descriptivo con enfoque cualitativo contó con la participación de 16 profesores efectivos que se desempeñaban entre los niveles de 1º y 4º año de enseñanza en escuelas municipales y estaduales de la ciudad de Maringá (Paraná). Para la recolección de datos se utilizó la entrevista semiestructurada y la información fue analizada según la técnica de análisis de contenido. Se evidenció que todos los grupos de docentes están insatisfechos con las dimensiones: venta de mano de obra, condiciones de trabajo, progresión profesional y relevancia social en el trabajo. La Integración Social en el ambiente de trabajo fue la única dimensión que se destacó como satisfactoria para todos los grupos investigados. Los docentes con tres y cuatro años de docencia demostraron mayor satisfacción laboral en comparación con los demás. Los docentes con uno y dos años de experiencia docente mostraron mayor insatisfacción en el trabajo, con una actitud más crítica.

Palabras clave: Satisfacción laboral, Profesor, Educación Física, Trayectoria docente.


ABSTRACT

The beginning of the teaching career is understood as an intense and challenging period for the teacher. In this sense, the research aims to analyze the job satisfaction of physical education teachers at the beginning of their teaching careers. This descriptive study with a qualitative approach involved 16 effective teachers between the 1st and 4th year of teaching in municipal and state schools in the city of Maringá (Paraná). For data collection, a semi-structured interview was used, and the information was analyzed according to the content analysis technique. It was evident that all groups of teachers are dissatisfied with the dimensions: workforce remuneration, working conditions, career progression, and social relevance at work. Social Integration in the work environment was the only dimension to stand out as satisfactory for all investigated groups. Teachers with three and four years of teaching demonstrated greater job satisfaction when compared to the others. Teachers with one and two years of teaching experience showed greater dissatisfaction at work, with a more critical attitude.

Key words: Job satisfaction, Teacher, Physical education, Teaching career.



1 Doutorado em Educação Física. Universidade Estadual do Paraná, Brasil.
https://orcid.org/0000-0001-9030-9121 | nfavatto@gmail.com
2 Doutor em Educação Física. Universidade Estadual do Paraná, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-8238-5682 | jorgeboth@yahoo.com.br

 


INTRODUCCIÓN
 
A partir da década de 1990, no âmbito brasileiro, surgiu o interesse por estudos sobre a identidade dos professores, as características dos docentes aposentados ou que se encontravam em fase de envelhecimento, os processos de escolha profissional que contemplavam os percursos de formação, bem como, as histórias de vida e a análise da trajetória docente (Castro, 2005). A partir desse período, passou-se a reconhecer, de forma mais humana, o professor como protagonista do processo escolar de ensino e aprendizagem, assim como, indivíduo que necessita de apoio, não apenas em relação à sua formação inicial, mas também, durante o desenvolvimento de sua carreira profissional (Lengert, 2005). Dentro dessa temática, a carreira docente se solidificou por meio de lutas de classe e por organizações administrativas, como sindicatos e associações, que se contextualizaram para a construção da carreira dos professores de todas as áreas de conhecimento (Farias et al., 2018).

Os estudos focados na carreira docente, particularmente, sobre os ciclos de desenvolvimento profissional trazem importantes contribuições para uma melhor compreensão da atuação do professor e sobre como ele reage e cria estratégias para o desenvolvimento de suas ações (Farias et al., 2018). As investigações sobre a carreira e os ciclos do desenvolvimento docente são referenciais importantes na compreensão de como a profissão se estabelece no âmbito escolar, e como funcionam as relações interpessoais e a atuação na sala de aula, entre tantos outros aspectos que caracterizam o professor (Huberman, 2000).

De maneira específica, o ciclo de entrada na carreira compreende os professores que atuam, até no terceiro ano de docência (Huberman, 2000). No entanto, esse período pode se estender para os professores que atuam até o quarto ano de docência (Farias et al., 2018). A inserção na carreira docente é entendida na literatura como um “choque com a realidade” (Huberman, 2000; Farias et al., 2018). Para Huberman (2000) esse período destaca-se como um momento de sobrevivência no trabalho docente, permeado por tensões (Lengert, 2005; Farias et al., 2018).

A importância atribuída ao trabalho se dá pela quantidade de tempo despendida pelo indivíduo para a atividade laboral. Tal fato interfere diretamente na forma como os indivíduos se relacionam com o meio em que vivem (Walton, 1973), assim, também interfere no cotidiano das entidades envolvidas com o processo educativo. Mas, muitas vezes, desconsideram-se a visão do docente sobre esses aspectos (Both et al., 2014). O nível de Satisfação no Trabalho pode influênciar na carreira, logo a profissão é caracterizada como processo instável, o que leva os professores a se adaptar a novos artifícios ao longo da carreira, considerando as demandas da sociedade (Nascimento et al., 2021).

Além disso, a satisfação no trabalho pode ser um indicador da qualidade de vida no trabalho, sendo que os aspectos que a compõem são: Remuneração; Condições de Trabalho; Autonomia no Trabalho; Oportunidade de Progressão na Carreira; Integração Social no Ambiente de Trabalho; Leis e Normas de Trabalho; Trabalho e Espaço Total de Vida, e Relevância Social no Trabalho (Walton, 1973). Assim, tais fatores interferem no cotidiano docente, embora que, muitas vezes, os gestores desconsideram a visão do professor sobre esses aspectos.

A satisfação no trabalho está relacionada de modo geral às condições de trabalho em que o servidor é submetido (Gesser et al., 2019). É compreendida como o resultado das avaliações realizadas pelos profissionais sobre cada um dos aspectos que compõem o trabalho laboral (Nascimento et al., 2016). O estudo da satisfação no trabalho, na área educacional, assume importância fundamental, pelo fato de conhecer os aspectos peculiares à escola, tais como: condições de trabalho, tipo de direção, características dos alunos de uma determinada região, oportunidades de crescimento profissional (Soriano & Winterstein, 1998). Both & Nascimento (2010) e Moreira et al. (2010) destacaram que a Satisfação no Trabalho está correlacionada aos seguintes aspectos: remuneração adequada, condições no trabalho, autonomia, progressão na carreira, integração social, leis trabalhistas, autopercepção de relevância do trabalho desempenhado.

De maneira geral existem diversos estudos que abordam a satisfação no trabalho dos professores de educação física ao longo de sua trajetória (Folle et al., 2008; Farias et al., 2008; Ahmadian et al., 2015; Both, 2015; Gesser et al., 2019; Nascimento et al., 2019; Nascimento et al., 2021; Franciosi et al., 2023). Porém, pesquisas que tenham sua especificidade nos primeiros anos de docência do professor de educação física ainda são escassas. Assim, ao considerar os aspectos que interferem na percepção de satisfação do professor no início da carreira, o objetivo da pesquisa foi de analisar a satisfação no trabalho dos docentes de Educação Física que estão na fase de entrada da carreira.


MÉTODOS

Amostra e processo

O estudo se caracteriza como descritivo com abordagem qualitativa. Segundo Thomas et al. (2007) a pesquisa qualitativa tem por finalidade comprender o significado de uma experiencia dos indivíduos envueltos em uma abiente específico, bem como, de que forma os componentes se mesclam para formar o todo. Assim, buscará através das articulações com os autores, proporcionar algumas discussões e reflexões pertinentes, a respeito desta temática no ámbito escolar. O carácter descritivo, se dá uma vez que se preocupa com o status a fim de comprender melhor uma dada situação, posibilitando a observação de registro, a análise e a correlação dos fenómenos (Cervo & Bervian, 1996).

A pesquisa foi composta por 16 professores de Educação Física, que apresentavam até quatro anos de experiência na docência e que possuíam vínculo empregatício efetivo nas escolas das redes municipal e estadual da cidade de Maringá (Paraná – Brasil). Dentro dos critérios de inclusão, os professores de Educação Física poderiam, anteriormente, ter exercido a profissão em outras escolas, mas a soma total de sua experiência docente não poderia ultrapassar quatro anos. Tal ação se justifica pelo fato de Farias et al., 2008) pontuarem o início da carreira entre o primeiro e quarto ano de docência.

Todos os professores assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido concordando em participar da pesquisa. O período de análise ocorreu entre os meses de julho a outubro do ano de 2019. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina (Parecer n° 1.666.357).

Na Tabela 1 é possível verificar os dados sociodemográficos dos professores. Quatro professores possuíam um ano de carreira, quatro docentes possuíam dois anos de carreira, três professores possuíam três anos de carreira e cinco docentes possuíam quatro anos de carreira. Os recortes das entrevistas apresentaram como identificação letras e números, sendo que as letras “A”, “B”, ”C” e “D” representavam a quantidade de anos que os professores possuíam na experiência do magistério (A = um ano de docência; B = dois anos de docência; C = três anos de docência; D = quatro anos de docência). O numeral foi utilizado para organizar os professores no grupo de origem.
 

Tabela 1
Dados Sociodemográficos dos professores participantes da pesquisa.



 
Variáveis e Instrumentos

Para a coleta de dados optou-se pela utilização da entrevista semiestruturada. Para Thomas et al. (2007), a entrevista é a fonte de dados mais usual e básica para a realização da pesquisa de campo, permitindo obter dados relatados a partir da fala dos atores, os quais são sujeitos-objeto da pesquisa que vivenciam a realidade em análise.

A entrevista foi elaborada pelos pesquisadores e validada em dois momentos por 10 professores de Educação Física que atuavam na educação básica. Suas questões norteadoras contemplavam o modelo teórico desenvolvido por Walton (1973), que busca avaliar a qualidade de vida no trabalho, por meio da satisfação do trabalhador e dispõe de oito categorias conceituais, as quais são: Remuneração; Condições de Trabalho; Autonomia no Trabalho; Oportunidade de Progressão na Carreira; Integração Social no Ambiente de Trabalho; Leis e Normas de Trabalho; Trabalho e Espaço Total de Vida, e Relevância Social no Trabalho. A entrevista contou no total com 42 perguntas abertas.

A coleta de dados se deu a partir do contato da pesquisadora de maneira individual com os professores participantes em suas respectivas escolas de lotação. As 16 escolas estavam localizadas em regiões afastadas do centro da cidade e apenas três delas não ofereciam espaços adequados para o desenvolvimento das aulas de Educação Física. Além disso, todas essas escolas possuíam um número suficiente de materiais, principalmente aqueles voltados às práticas esportivas e gímnicas. As entrevistas duraram em média 35 minutos, sendo que a transcrição dos dados ocorreu em 20 horas. Além disso, após a transcrição das entrevistas os conteúdos das mesmas foram validados pelos entrevistados.

 
Análise de dados

Para a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo proposta por Bardin (2011) na qual apresenta as três etapas básicas de análise, sendo: pré-análise, que é compreendida como o processo de organização e de familiarização com a pesquisa; análise do material, que é o processo de codificação das informações, e; tratamento dos resultados, onde se estabelece os eixos temáticos norteadores dos resultados.

As dimensões propostas por Walton (1973) estabeleceram as categorias a priori da análise dos dados, entretanto, os indicadores apresentados no trabalho foram criados a posteriori. Ressalta-se que o segundo autor do trabalho atuou com “amigo crítico” no processo de interpretação e categorização das informações sistematizadas, inicialmente, pela primeira autora. Dentro desse contexto, destaca-se que o amigo crítico se trata de uma pessoa que não está diretamente envolvida na pesquisa, mas que detém conhecimentos necessários para analisar e promover de forma crítica discussões, sugestões e um novo repensar científico.

 
RESULTADOS

Ao avaliar os aspectos que proporcionavam satisfação e insatisfação no trabalho, constatou-se que as dimensões: Condições de Trabalho; Autonomia no Trabalho; Oportunidade de Progressão na Carreira; Trabalho e Espaço Total de Vida e Relevância Social no Trabalho apresentaram tanto pontos positivos quanto negativos, considerando os anos de experiência do professor e a rede de ensino em que atuavam. A Remuneração foi a única dimensão que evidenciou apenas aspectos de insatisfação. Assim como, apenas a dimensão de Integração Social no Ambiente de Trabalho foi compreendida como satisfatória por todos os grupos. Além disso, a dimensão Leis e Normas no Trabalho não pôde ser definida como positiva ou negativa, pois os professores verbalizaram pouco conhecimento sobre o assunto justificando que nunca tiveram nenhum problema em que fosse preciso recorrer às Leis e normas que regem o trabalho estatutário. 

Na Tabela 2 é possível observar os pontos de satisfação no trabalho referente às dimensões Condições de Trabalho; Integração Social no Ambiente de Trabalho; Oportunidade de Progressão na Carreira; Autonomia no Trabalho; Trabalho e Espaço Total de Vida e Relevância Social no Trabalho.
   

Tabela 2
Dimensões e indicadores de satisfação no trabalho dos professores de Educação Física que se encontravam no início da carreira docente.



 
Em relação às condições de trabalho observou-se que a maioria dos professores investigados relataram satisfação com a estrutura das escolas que apresentaram quadras esportivas e materiais variados para a utilização nas aulas de Educação Física (A1, A3, A4, B1, B2, C3, D1, D3, D4, D5). Todavia a crítica da maioria desses professores é que os espaços destinados para as aulas de Educação Física privilegiam apenas os esportes coletivos.

Considerando a satisfação com a dimensão integração social no ambiente de trabalho, quando tratada informações frente ao relacionamento com diretores, supervisores e demais colegas, de maneira geral, todos os grupos investigados demonstraram-se satisfeitos (A1, A3, A4, B1, B2, C3, D1, D2, D3, D5). Além disso, observou-se bom relacionamento com os alunos, embora exista pouco contato com os pais, o qual ocorre apenas na entrega de boletins, ou quando os pais ou responsáveis são chamados à escola diante do mal comportamento do aluno (B2, D4).

A respeito da progressão na carreira, apenas dois professores com dois e três anos de docência no magistério estadual relataram satisfação com essa dimensão (B4, C1). A partir desse pressuposto, é importante ressaltar que esses professores lecionavam na rede estadual de Maringá que apresenta um plano de carreira mais atrativo quando comparado à rede municipal de Maringá.

Sobre a autonomia para o exercício docente, todos os professores municipais relataram receber o planejamento adotado pela secretaria de educação (A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4, C1, C2, C3, D1, D2, D3, D4, D5). Diante disso, os professores relataram que o planejamento deve ser obrigatoriamente aplicado, mas existe a liberdade na forma de desenvolvê-lo (A2, A3). Evidenciou-se que essa dimensão apresentou um número expressivo de professores satisfeitos devido a flexibilização na forma em que o docente possuía para desenvolver esses conteúdos em suas aulas.

Sobre o equilíbrio do tempo dedicado ao trabalho e ao lazer, verificou-se de forma geral a satisfação apenas dos professores com quatro anos de docência (D1, D3, D4, D5). O que pode estar associado à adaptação da rotina de trabalho e estudos, e não diretamente ao pluriemprego, uma vez que, apenas no grupo de professores com um ano de docência o pluriemprego não foi observado.

Acerca da relevância da disciplina no ambiente escolar, somente cinco professores com dois e quatro anos de docência demonstraram satisfação (B3, D1, D2, D3, D5). Esse fato pode estar atrelado a cultura estabelecida dentro de cada escola em relação à valorização das disciplinas, de maneira específica a Educação Física e sua relação direta com a promoção da saúde.

Na Tabela 3 são apresentados os pontos de insatisfação no trabalho referente às dimensões: Remuneração; Condições de Trabalho; Autonomia no Trabalho; Oportunidade de Progressão na Carreira; Trabalho e Espaço Total de Vida e Relevância Social no Trabalho.
   

Tabela 3
Dimensões e indicadores de insatisfação no trabalho dos professores de Educação Física que se encontravam no início da carreira docente.



 
Acerca da remuneração constatou-se que todos os grupos de professores estavam insatisfeitos com os salários recebidos (A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, C1, C2, C3, D1, D2, D4, D5). Dentre os motivos elencados destacaram-se a falta de valorização financeira adequada aos títulos de especialização, mestrado e doutorado, durante e após o estágio probatório (A1, A2, A3, A4, C1, C2, D5), bem como, a baixa remuneração do professor do município de Maringá quando comparada a outros municípios da região diante de um cargo com tantas responsabilidades e pouco retorno financeiro.

Sobre as condições de trabalho, observou-se a insatisfação de três docentes devido a existência de quadras abertas e locais inadequados para as aulas de educação física, o que dificulta a comunicação entre o professor e os alunos por causa do ambiente externo (A2, B3, C2). Entretanto, essa não é a realidade de todas as escolas investigadas, mesmo sendo consideradas escolas “periféricas”. Acerca do número elevado de estudantes por turma, pode-se observar a insatisfação de todos os grupos investigados, por tratar-se de um fator que interfere na qualidade da aula e no rendimento do aluno (A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4, C1, C2, C3, D1, D2, D3, D4, D5). Sendo essa, infelizmente, uma realidade observada nas escolas públicas de todo o país. Em relação aos professores com um ano de docência, notou-se a necessidade de se falar muito alto na quadra, fator agravante para a saúde do aparelho fonador dos docentes (A2, A4). O que pode estar relacionado aos mecanismos de adaptação à docência frente ao controle de turma e as formas de desenvolver os conteúdos em espaços abertos.

A respeito da possibilidade de progressão na carreira, constatou-se a insatisfação de todos os grupos investigados. Os professores municipais descreveram a possibilidade de progredir na carreira apenas quando ocupam cargos de confiança, como supervisor, orientador ou diretor (A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, C2, C3, D1, D2, D3, D4, D5). Entretanto, sobre a autonomia para o exercício docente, dois professores com um e dois anos de docência, respectivamente, destacaram sofrer interferência em suas aulas (A4, B3). Esses professores acreditam que ao serem obrigados a trabalhar os conteúdos determinados pela rede municipal de ensino acabam por engessar sua prática pedagógica diária.

Em relação ao equilíbrio do tempo dedicado ao trabalho e ao lazer, os professores com um, dois e três anos de carreira apontaram insatisfação com essa dimensão, principalmente, ao que se refere à tentativa de não levar tarefas do trabalho para casa e à falta de tempo para poder descansar (A2, A4, B1, B2, B4, C2, C3). A necessidade de uma renda financeira maior, assim como, o investimento das horas de lazer nos estudos justificou a insatisfação com essa dimensão (B1, B2, B4). Achados esses que estão diretamente atrelados ao baixo salário dos professores e a necessidade de trabalhar 40 horas ou mais por semana.

Acerca da dimensão relevância social do trabalho advinda do ambiente escolar, todos os professores destacaram insatisfação com essa dimensão frente à sociedade de maneira geral (A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4, C1, C2, C3, C4, D1, D2, D3, D4, D5). O baixo reconhecimento da escola pelos serviços prestados pelos professores de educação física (A1, A3, A4, B1, B2, B4), e a sensação do professor de educação física estar na escola para cobrir a hora-atividade do professor regente (A1, A3, B1, B2) também foram motivos de insatisfação dos professores com até dois anos de docência. Essa percepção está intimamente ligada à cultura que se observa ainda hoje em muitas escolas, de que a educação física é inferior às demais disciplinas e não proporciona a construção de conhecimentos científicos.


DISCUSIÓN

Os resultados evidenciaram a insatisfação com a remuneração em todos os grupos investigados, fato também confirmado em pesquisas com professores de Educação Física que se encontram na fase de entrada na carreira na realidade brasileira (Moreira et al., 2010; Both et al., 2013; Martins, 2016; Arouca et al., 2019). Assim, percebe-se que a implantação de um sistema adequado de plano de salário é um fator, em potencial, de melhoria da satisfação no trabalho dos professores de Educação Física nas escolas (Ahmadian et al., 2015; Arouca et al., 2019), visto que, a insatisfação com a desvalorização financeira com os títulos acadêmicos foi apontada por diversos docentes.

A insatisfação com as condições de trabalho dos docentes em educação física em início de carreira pode ser observada em diversas pesquisas (Folle et al., 2008; Farias et al., 2008; Both et al., 2013; Ahmadian et al., 2015; Martins, 2016, Tartari & Matos, 2019). Neste contexto os professores destacaram o desgaste em ter que lecionar em turmas numerosas, por muitas vezes, propicia comportamentos indisciplinares dos alunos e a falta de controle das turmas (Farias et al., 2008; Favatto & Both, 2018).

Também se evidenciou a insatisfação dos professores em relação à sua saúde vocal diante da necessidade de falar alto em suas aulas. Para Martins (2016), é necessário preocupar-se com a saúde dos professores mais jovens, pois, no início de carreira já apresentam sinais precoces de desgaste vocal, realidade causada pela utilização da voz de forma equivocada (Simões, 2000). Isso pode ser ainda mais perceptível nas aulas de Educação Física, em virtude das características dos espaços que interferem na emissão dos sons e do elevado número de alunos (Farias et al., 2018).

Mas, por outro lado, pode-se observar que os docentes estavam satisfeitos com as condições materiais e estruturais da escola onde lecionava, sendo que esse sentimento foi observado com maior destaque em professores com quatro anos de docência. A satisfação com esse tema pode ser compreendida pelo fato dos professores com mais tempo de vínculo efetivo, puderem escolher escolas com estrutura adequada no momento de realocação de lotação de trabalho e distribuição de aulas extraordinárias. No entanto, a satisfação com as condições materiais e estruturais da escola não é a realidade da maioria das escolas, posto que, estudos apontaram que docentes em início de carreira são mais insatisfeitos com a infraestrutura e com os materiais ofertados pela escola (Folle & Nascimento, 2011; Both et al., 2013; Both et al., 2014; Gesser et al., 2019).

A satisfação com a integração social no ambiente de trabalho, com professores, gestores, alunos e com a comunidade pode ser verificada em todos os grupos investigados. Dentro desse contexto, Moreira et al. (2010); Martins (2016) apontaram que professores mais jovens são menos insatisfeitos com a integração social, por apresentarem maior tranquilidade para a adaptação à vida escolar. Contudo, outros estudos apontaram que professores nessa fase tendem a ser mais insatisfeitos com essa dimensão (Farias et al., 2008; Both et al., 2013).

Diferente dos resultados encontrados, um dos pontos mais satisfatórios no trabalho, na fase de entrada na docência foi a possibilidade de progressão na carreira (Farias et al., 2008; Moreira et al., 2010; Both et al., 2014). Todavia, nesta pesquisa essa dimensão foi observada pela insatisfação docente em todos os grupos investigados, sendo que tal evidência é semelhante aos resultados das investigações realizadas com professores em início da carreira por Both (2011), Martins (2016) e Favatto & Both (2019). Dentro desse contexto, os professores municipais destacaram não ser possível progredir na carreira, sendo essa possibilidade viável, apenas, ao assumir algum cargo de confiança dentro da estrutura pública. A forte característica enérgica dos professores novatos evidencia a insatisfação da maioria com os procedimentos de ajuste da educação, o qual normalmente é lento e gradual (Shoval et al., 2010).

Por outro lado, apenas dois professores, vinculados ao estado do Paraná, encontram-se satisfeitos com a progressão na carreira. Isso pode estar associado ao plano de carreira desses professores, o qual apresenta avanços mais significativos que a maioria dos municípios do estado. Além disso, é importante destacar que o estado apresentava o Programa de Desenvolvimento Profissional (PDE) que promovia a interlocução entre os professores da educação básica e do ensino superior, por meio de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como consequência a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense (Lei Complementar N° 130, 2010).

O programa incentiva a formação continuada e a produção de pesquisa no ambiente escolar, sendo que ao final do programa o docente progredia no plano de carreira, o que, consequentemente, aumentava o salário (Lei Complementar N° 130, 2010). De acordo com o estudo de Nascimento et al. (2019), a dimensão progressão na carreira é um fator de satisfação no ambiente laboral. Contudo, tal constatação demonstra que a satisfação com essa dimensão está associada à rede de ensino em que esse professor se encontra efetivado, uma vez que os diversos estados e municípios apresentam seus próprios planos de carreira.

Outra questão importante a ser levantada é a identificação de algumas rupturas quanto à percepção de satisfação no Trabalho nas dimensões Autonomia no Trabalho, Leis e Normas no Trabalho, Trabalho e Espaço Total de Vida e Relevância Social no Trabalho considerando os anos de experiência que os docentes apresentavam. Sobre a autonomia observou-se que os docentes com três e quatro anos de docência demonstraram maior satisfação. Destaca-se que pesquisas evidenciam que, os professores no ciclo de entrada eram menos insatisfeitos com a autonomia no trabalho (Moreira et al., 2010; Both et al., 2013; Nascimento et al., 2019).

Em contrapartida, alguns professores com um e dois anos de carreira do município demonstraram não concordar com o formato educacional adotado, o que evidenciou que os grupos de professores mais jovens na carreira, não estavam adaptados à política de funcionamento da instituição onde lecionava (Favatto & Both, 2019). Este resultado reflete ao período de “choque com a realidade” em que os professores passam ao ingressarem na docência (Huberman, 2000; Farias et al., 2018).

Compreende-se também que, a insatisfação está atrelada ao desejo de modificar e inovar as aulas de Educação Física, visto que o professor recém-formado está motivado para lecionar. Além disso, nesse momento da carreira, existe um certo impacto referente à adequação à cultura da unidade escolar dos professores iniciantes (Freitas & Alvernaz, 2016). 

Ressalta-se que os professores com quatro anos de docência demonstraram maior satisfação com o equilíbrio do tempo destinado ao lazer e ao trabalho, o que pode estar relacionado a melhor adaptação deles com a rotina de trabalho. Entretanto, os professores pertencentes aos grupos com até três anos de docência demonstraram menor satisfação com o equilíbrio de tempo entre o lazer e o trabalho, pois a maioria apresentava carga horária semanal igual ou superior a 40 horas. Sobre essa temática, Tartari & Matos (2019) destacam que grande parte do tempo da vida do professor de educação física é destinada aos afazeres profissionais do que com tempo livre de lazer, e/ou com a família e amigos.

Efetivamente, o pluriemprego é percebido com maior intensidade entre os professores em início de carreira, pois o docente necessita desenvolver outros trabalhos além da escola para ter uma remuneração digna que satisfaça suas necessidades pessoais e familiares (Batillani, 2018). Assim, a insatisfação com a remuneração observada faz com que os professores procurem meios de ampliar sua renda através de outras atividades laborais consumindo o seu tempo, quando poderiam preparar aulas e repensar a sua prática (Both et al., 2016), bem como, dedicar-se ao lazer.

Os professores com três e quatro anos de docência encontram-se mais satisfeitos com a relevância social do trabalho, o que demonstrou que eles apresentavam maior sentimento de valorização de seu ofício, assim como, da disciplina de Educação Física, pelos pares. Destaca-se que, pesquisas evidenciaram que os professores mais jovens eram mais satisfeitos com essa dimensão, sendo que a percepção da importância da ação laboral para a sociedade era o ponto mais positivo destacado pelos professores iniciantes (Farias et al., 2008; Moreira et al., 2010; Both et al., 2014; Martins, 2016; Nascimento et al., 2019). O professor iniciante apresenta baixa preocupação em ser reconhecido no ambiente de trabalho (Al-Mohannadi & Capel, 2007; Vieira et al., 2018).

Entretanto, os professores com até dois anos de docência estavam insatisfeitos com a valorização e compreensão da importância de seu trabalho no âmbito escolar. Estudos apontam que a valorização da profissão, leva a maior satisfação do docente, pois facilita o processo de ensinar e aprender (Heringer & Figueiredo, 2009; Sanchotene & Molina, 2013; Azambuja, 2018). Essa situação pode estar vinculada à adaptação da própria cultura escolar, a qual trata a Educação Física como um momento de esportividade, recreação, organização de campeonatos e datas festivas. Sendo que, em muitos casos, observa-se a falta de entendimento sobre o papel da disciplina de Educação Física, pelos demais professores e pela equipe pedagógica (Frasson et al., 2016).

Sobre a relevância advinda da sociedade, em geral, todos os grupos de professores destacaram insatisfação. A maioria dos docentes se sentiam desvalorizados pela sociedade no trabalho realizado no ambiente escolar (Martins, 2016). O entendimento equivocado da disciplina de Educação Física, tanto pelos demais colegas de trabalho quanto pelos pais e alunos, contribui para o sentimento de desvalorização dos professores no ambiente de trabalho. Acerca dessa questão, López (2020) e Sandoval et al. (2021) mencionaram a importância da percepção da relevância do professor de Educação Física no contexto escolar no que se refere à satisfação docente.

Por fim, em relação às leis e normas do trabalho, constatou-se que os professores de maneira geral apresentam pouco conhecimento acerca dessa dimensão, tal evidência também pode ser encontrada na pesquisa de Martins (2016). Alguns estudos indicaram que professores iniciantes tendem a demonstrar maior satisfação com as leis norteadoras do trabalho docente (Farias et al., 2008; Moreira et al., 2010; Martins, 2016). Por outro lado, professores na fase final da carreira docente podem demonstrar maior insatisfação devido a preocupações e incertezas quanto ao processo de aposentadoria, à instabilidade das leis e normas que a regem, e à frágil estrutura das instituições (Both et al., 2014).


CONCLUSIÓN

A satisfação no trabalho apresentou pontos positivos e negativos frente à algumas dimensões. Com relação à remuneração, condições de trabalho, progressão na carreira e relacionamentos sociais no ambiente de trabalho, os grupos apresentaram resultados similares quanto à percepção de satisfação e insatisfação no ambiente laboral.

As diferentes percepções de satisfação no trabalho dos docentes não estão relacionadas apenas à rede de ensino que os professores se encontram efetivados. Mas, também pelas rupturas de percepção que foram identificadas considerando os anos de experiência na carreira destes docentes. Acerca dessa questão, constatou-se que os professores com um e dois anos de docência demonstraram maior insatisfação nas dimensões de autonomia no trabalho, equilíbrio de tempo entre lazer e trabalho e relevância do trabalho quando comparados aos professores com três e quatro anos de docência.

Diferente deste cenário a dimensão Remuneração foi apontada como insatisfatória para todos os grupos investigados e a dimensão Integração Social no ambiente de trabalho compreendida como satisfatória por esses mesmos grupos. Apenas a dimensão leis e normas do trabalho não evidenciou, especificamente, pontos negativos ou positivos, considerando que a maioria dos professores apresentavam pouco conhecimento acerca desta temática. 

Dessa forma, conclui-se que os professores com um e com dois anos de docência quando comparados aos docentes com três e quatro anos de carreira demonstraram maior insatisfação no trabalho. Fato este que está também associado aos processos de adaptação, amadurecimento e compreensão da carreira dos professores iniciantes.

Verificou-se que estes apresentaram postura mais crítica e de enfrentamento diante das diversas dimensões permeadoras da satisfação profissional, com maior intensidade a autonomia e relevância social no trabalho. Por outro lado, os professores com quatro anos de trabalho se mostraram mais adaptados e maduros em relação à sua atuação profissional. Assim, tais evidências destacam não apenas a necessidade de valorização financeira dos professores, mas também a realização de formações que abordem a discussão desta temática e permitam a troca de experiências entre os professores mais jovens e professores experientes sobre a dinâmica escolar.




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Dirección para correspondencia

Naline Cristina Favatto
Doutorado em Educação Física
Universidade Estadual de Maringá
Universidade Estadual do Paraná
Maringá, Brasil

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9030-9121
Contacto: nfavatto@gmail.com

Recibido: 05-04-2023
Aceptado: 01-06-2023

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